domingo, 27 de setembro de 2015

Direito - Profissão Promissora na Terra de Malandro

Se tem uma profissão que nunca entrará em crise no Brasil, podemos dizer que é o exercício do direito, na função de advogado. Não só pela conduta inescrupulosa de nossa sociedade, mas também por conta de todos recursos disponíveis em nosso sistema jurídico. Garante que o advogado atue com o mesmo processo durante muitas etapas, praticamente triplicando suas possibilidades de honorários.

Qual a solução para isso? Um melhor nível educacional para a sociedade. Dessa forma, menos pessoas vão agir erradamente resultando em menos processos jurídicos. E claro, uma melhoria do nosso sistema judiciário que fora construído com o objetivo de garantir os direitos aos acusados até as últimas conseqüências e possibilidades, depois do período ditatorial. As chances de uma nova ditadura são praticamente nulas. Temos espaço para uma reforma racional e objetiva. Quando isso vai acontecer - nunca.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Família – Visão Estratégica

Todos nós já sabemos que muitos sofrem pressões sociais para decidir questões importantes na vida, como que tipo de emprego buscar, opção sexual a “escolher”, quando ou com quem casar, entre outras questões. Porém, gostaria de levantar um pensamento de onde talvez isso tenha se originado.

Quando vejo algumas cerimônias de casamento, fico extremamente intrigado com os sermões praticados pelos responsáveis por conduzir o ato, independente da religião. Mas confesso que, a maioria que presenciei foi católica/cristã. Em certo momento, o sermão vira uma ameaça com o propósito de impor uma imensa responsabilidade, destinadas às duas partes, e definindo exatamente o papel de cada um na condução do casamento. Sacrifício e dor são ingredientes indispensáveis para o sucesso de uma vida a dois.  Em resumo – a esposa sempre terá que apoiar o marido em qualquer decisão, e o marido será o responsável em suprir as necessidades da família.

Neste momento, eu ficaria indignado se eu fosse a noiva, ao ponto de correr o risco de responder rispidamente ao condutor da cerimônia, seja ele quem for. Até entendo um pouco este tipo de discurso utilizado no passado, mas atualmente, depois de tanta luta da por direitos da mulher, não entendo como aceitam este tipo de postura com a maior naturalidade.

Eis onde meu argumento inicia. São várias circunstâncias em conjunto que acredito que fazem tudo isso “funcionar”. É inegável que, em geral, a mulher procura o casamento mais que o homem, seja por qualquer motivo. Sendo assim, ao encontrar sua presa, busca sempre agradá-lo nos meses perto do casamento, ao ponto de deixar seu pretendente fazer despedidas de solteiro, enquanto que, em outros momentos, não deixaria se quer ir comprar pão sozinho. Eu lembro sempre dos meus amigos e conhecidos, próximo às datas de casamentos sendo bem felizes pelo fato das noivas não estarem monitorando-os constantemente.

Ao ver que é tão difícil encontrar a pessoa disposta a casar e depois, mais ainda conseguir que o casamento se realize, qual mulher teria a coragem de estragar tudo no meio da cerimônia por questões ideológicas? Nem a maior ativista feminista...

As igrejas sempre valorizaram o casamento. E por um motivo muito simples: Mais casamentos = filhos = mais possibilidades de novos fiéis = mais recursos para as igrejas = expansão de doutrina = mais poder. É muito difícil de uma criança, quando exposta à crença dos pais, que muitas vezes são seus ídolos, irem contra suas opiniões sobre religião. E por sua vez, os pais sempre tentarão impor sua religião aos filhos, pois querem o melhor para eles e na visão deles, o melhor é a sua religião.

Então, qual a fórmula para uma chance maior de um casamento dar certo? Uma pessoa ser submissa a outra. Neste caso, por conseqüência da necessidade de força no desempenho de trabalho em tempos passados para garantir a sobrevivência do casal, o homem ficou com a tarefa de prover os recursos e a mulher de ser submissa. Até quando vão aceitar esta ordem?

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Ética no Mundo Digital - Você pode estar furtando, sem saber.

O mundo digital é parte do nosso cotidiano e sempre foi rapidamente absorvido pelas empresas, por razões óbvias - aumento de produtividade e otimização de processos. Porém, estamos entrando numa nova fase de interatividade que torna muito difícil de distinguir o que é lazer e o que é trabalho. Um bom exemplo disso é o profissional que utiliza redes sociais ou aplicativos de bate-papo no seu tempo de trabalho. Podemos considerar está prática como furto de tempo (logo, furto de dinheiro), pois este profissional teria "vendido" seu tempo à empresa contratante.

No caso anterior, estava exemplificando o que pode ocorrer numa empresa privada. Ou melhor, pode ser facilmente corrigido - demissão ou monitoramento. Mas e nos serviços públicos? Neste caso, a situação é muito mais grave. Considero esta pratica até como peculato. E todos sabem da dificuldade de exonerar um funcionário público.

No final das contas, todas estas questões influenciam num problema chave que muitos países estão encontrando, e especialmente o Brasil - a baixa produtividade do funcionário, em todos os setores. De nada adianta o avanço tecnológico para diminuir o tempo de execução de tarefas se o tempo que sobrar for utilizado para o lazer. Especialmente considerando todas tendências mundiais por reformas trabalhistas que estão sendo adotadas com o objetivo de viabilizar o funcionamento das empresas.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Ressurreição

Um dos argumentos que me irrita em qualquer início de discussão sobre cristianismo é a citação da prova testemunhal sobre a ressurreição de Jesus no do terceiro dia depois de "morto".

Duas simples hipóteses para este "milagre":

1) A ressurreição nunca ocorreu e foi plagiada de outras mitologias, como diversas outras partes de suas histórias. E as testemunhas também faziam parte da narrativa.

2) Jesus não morreu após a crucificação extremamente torturante e violenta. Entrou num coma profundo durante 3 dias. As testemunhas o viram logo depois de se recuperar, mas faleceu em outro lugar, pouco ou muito tempo depois. Essa hipótese também explica o desaparecimento do corpo.

Gosto muito desta segunda hipótese, ainda mais porque quase nunca vejo essa contra argumentação ser citada. Ao considerar os conhecimentos médicos da época, um coma poderia ser facilmente confundido com a morte. Inclusive, alguém se recuperar de um coma poderia parecer um milagre. Imagine quantas pessoas devem ter sido enterradas vivas, dadas como mortas, durante este período.

domingo, 6 de setembro de 2015

Guerra

Vejo muita gente influente e reconhecidamente inteligente a favor de intervenções militares em determinados países que não seguem as convenções democráticas ocidentais.


Só posso levar tais opiniões a sério se estas mesmas pessoas estariam dispostas a sacrificar a vida de seus filhos com a garantia de que o regime político mudaria ou que as questões envolvidas seriam resolvidas. Caso contrário, considero tais posicionamentos apenas discursos demagógicos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A Queda do Último Mito

Estamos começando a experimentar uma nova transformação social globalizada. Alguns já o comparam com o período renascentista que aconteceu entre o século XIV e XVII. Porém, acredito que a revolução do conhecimento será muito mais acentuada, desta vez. Primeiramente por causa do grande percentual populacional alfabetizado, mesmo que ainda de baixa qualidade. Considero que o fator mais importante seja a facilidade do acesso a informações relevantes, que recentemente, era aproveitada somente por acadêmicos, eruditos e uma parcela bem pequena da população. A grande questão é: Qual a proporção de nossa sociedade terá o interesse necessário de buscar informações e esclarecimentos sobre os assuntos de maior importância, com tantas distrações e recursos disponíveis no meio – a internet.

Como um eterno otimista, vejo com bons olhos qualquer tipo de utilização da internet, mesmo para os assuntos e funções que, num primeiro momento, julguemos irrelevantes ou simplesmente “perda de tempo”. Imagino que funcionem para estimular e ambientar novos usuários da rede. Inevitavelmente, o usuário receberá informações, desorganizadas num primeiro momento, do qual terá seu incentivo necessário para se aprofundar num assunto, ou até mesmo esclarecer alguma curiosidade.

Ao levar em conta estas considerações, acredito que estamos prestes a decretar a “queda” do último mito global – a crença monoteísta e seus “profetas”. 

Não sou daqueles que acreditam numa “teoria da conspiração” para justificar a popularidade e temor causado por estas religiões e em seus seguidores. Acredito sim, numa série de eventos que disseminaram estas crenças por diversos motivos históricos, e que ocasionalmente, uma pequena parte da sociedade se aproveitou para exercer algum tipo de influência negativa, talvez até inconscientemente, porém ainda crendo fielmente em sua doutrina.

Nossa sociedade tem interesse em diversos assuntos. Contudo, dois que me chamam a atenção, são interesses da sociedade em religião e origens históricas sobre qualquer escopo. 

Acesso livre à informação, intimidade de funcionamento com a rede e a curiosidade natural do ser humano levarão ao conhecimento abrangente, nunca antes imaginado, de como surgiram outros mitos e em quais contextos históricos. E a comparação será automática. Muitos ainda tentarão se apegar por questões psicológicas, mas à medida que gerações forem passando e o nível da média de conhecimento for aumentando, não terá como persistir na crença de mitos. A melhor comparação é em relação às mitologias antigas, como as gregas, romanas, egípcias, entre muitas outras. A sociedade acreditava nestes mitos como acreditamos nos de hoje. Mas com o decorrer do tempo, foram virando mitologia, e acredito que este seja o caminho natural da crença monoteísta. Será visto como mitologia ocidental. 

Até então, nenhuma novidade, pois se verificarmos a história, percebemos que os antigos mitos são substituídos por novos, que oferecem benefícios e explicações mais convincentes e confortantes para a realidade daquela sociedade naquele momento. Transforma-se num ciclo. O grande diferencial desta vez é que este ciclo pode ter sido quebrado e este pode ter sido o último mito a ser criado. A pergunta que fica é: em quanto tempo a sociedade se verá livre de crenças mitológicas e começará a venerar as coisas reais que importam, como a natureza, a vida e o convívio social? Pode ser em 50 anos como pode ser em 500. Mas pela velocidade dos acontecimentos acredito que em 100 anos viveremos numa sociedade com somente mitos.