Todos nós já sabemos que muitos sofrem pressões sociais para decidir questões importantes na vida, como que tipo de emprego buscar, opção sexual a “escolher”, quando ou com quem casar, entre outras questões. Porém, gostaria de levantar um pensamento de onde talvez isso tenha se originado.
Quando vejo algumas cerimônias de casamento, fico extremamente intrigado com os sermões praticados pelos responsáveis por conduzir o ato, independente da religião. Mas confesso que, a maioria que presenciei foi católica/cristã. Em certo momento, o sermão vira uma ameaça com o propósito de impor uma imensa responsabilidade, destinadas às duas partes, e definindo exatamente o papel de cada um na condução do casamento. Sacrifício e dor são ingredientes indispensáveis para o sucesso de uma vida a dois. Em resumo – a esposa sempre terá que apoiar o marido em qualquer decisão, e o marido será o responsável em suprir as necessidades da família.
Neste momento, eu ficaria indignado se eu fosse a noiva, ao ponto de correr o risco de responder rispidamente ao condutor da cerimônia, seja ele quem for. Até entendo um pouco este tipo de discurso utilizado no passado, mas atualmente, depois de tanta luta da por direitos da mulher, não entendo como aceitam este tipo de postura com a maior naturalidade.
Eis onde meu argumento inicia. São várias circunstâncias em conjunto que acredito que fazem tudo isso “funcionar”. É inegável que, em geral, a mulher procura o casamento mais que o homem, seja por qualquer motivo. Sendo assim, ao encontrar sua presa, busca sempre agradá-lo nos meses perto do casamento, ao ponto de deixar seu pretendente fazer despedidas de solteiro, enquanto que, em outros momentos, não deixaria se quer ir comprar pão sozinho. Eu lembro sempre dos meus amigos e conhecidos, próximo às datas de casamentos sendo bem felizes pelo fato das noivas não estarem monitorando-os constantemente.
Ao ver que é tão difícil encontrar a pessoa disposta a casar e depois, mais ainda conseguir que o casamento se realize, qual mulher teria a coragem de estragar tudo no meio da cerimônia por questões ideológicas? Nem a maior ativista feminista...
As igrejas sempre valorizaram o casamento. E por um motivo muito simples: Mais casamentos = filhos = mais possibilidades de novos fiéis = mais recursos para as igrejas = expansão de doutrina = mais poder. É muito difícil de uma criança, quando exposta à crença dos pais, que muitas vezes são seus ídolos, irem contra suas opiniões sobre religião. E por sua vez, os pais sempre tentarão impor sua religião aos filhos, pois querem o melhor para eles e na visão deles, o melhor é a sua religião.
Então, qual a fórmula para uma chance maior de um casamento dar certo? Uma pessoa ser submissa a outra. Neste caso, por conseqüência da necessidade de força no desempenho de trabalho em tempos passados para garantir a sobrevivência do casal, o homem ficou com a tarefa de prover os recursos e a mulher de ser submissa. Até quando vão aceitar esta ordem?