quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Geração Y - O Ovo ou A Galinha

Muito se fala sobre a instabilidade em permanência no mesmo emprego praticada pela tal da geração Y. O problema é que não temos como definir se esta característica foi adquirida pelo avanço tecnológico, mudança de tratamento pelos pais ou até mesmo por causa do conservadorismo das empresas.

Seja por qual motivo for, vou defender que é um reflexo sobre o que ocorre na sociedade e no mundo corporativo.

Hipótese 01 - Excesso de Inovação Realizada Pelas Empresas
Não é nenhuma novidade que lançamento, vende. E claro que empresas, de qualquer porte, se deram conta disso rapidamente. Em todos os segmentos, seja veículos, vestuário, eletrônicos, somos bombardeados diariamente com notícias e propagandas sobre novos modelos, sempre melhores, e que se não nos atualizarmos, somos taxados de antiquados, entre outros adjetivos. Acredito que esta flexibilidade contribuiu para nos tornarmos mais preparados para mudanças no uso de produtos. Todos quase descartáveis. O que gera outros problemas e talvez benefícios, que não convém comentar neste momento.

Hipótese 02 - Conservadorismo no Funcionamento de Empresas
Com o passar do tempo, claro que os novos profissionais vão almejar uma melhor condição de trabalho. Não falo em termos financeiros. Mas sim em ambiente e possibilidade de crescimento. Talvez algumas produções utópicas de entretenimento tenham contribuído com esta questão ao mostrar personagens desfrutar de tempo de lazer acima do normal, condição financeira elevada comumente retratada e moradia dos sonhos completamente fantasiosa. Se a empresa insiste em manter a receita intacta do que vinha dando certo, possivelmente terá problemas na renovação inevitável de seus quadros para continuar e atualizar seu funcionamento e estratégias.

Hipótese 03 - Mudança de Padrões Educacionais Adotada Pelos Pais
Neste caso, pode não ser intencional, mas é fato que temos uma flexibilidade de mudança de cidade cada vez maior. Este tipo de decisão pode influenciar no comportamento de seus filhos, em relação a não ter receio de encarar uma mudança. Pois ele também terá que mudar de escola e amigos. Mas isso é necessariamente ruim? Em nossos tempos, acredito que não, justamente pela tendência de reforma trabalhista que diversos países estão adotando para viabilizar o funcionamento de empresas e poder se desligar de qualquer funcionário que não se encaixe no perfil da empresa, com mais facilidade.

domingo, 29 de novembro de 2015

Redes Sociais e Chat Por Mensagem de Texto – O Fim da Reação Espontânea

Já pararam para pensar que a espontaneidade das reações e respostas podem estar com seus dias contatos? Mensagens de textos têm inúmeras vantagens. Porém ainda não estamos considerando esta perda importante, da reação instantânea com seu grau de perspicácia nas respostas.

Este “charme” da conversa pode acabar se realmente definirmos bate-papos em forma de textos como o padrão para a comunicação de agora em diante. E se depender do público feminino, é por este caminho que seguiremos. Claramente, elas já preferem este tipo de comunicação. E convenhamos, elas que “mandam”. A não ser que adotemos conversas por vídeos como padrão, num futuro próximo.

Talvez seja por isso que entrevistas de empregos ainda continuam sendo conduzidas da forma tradicional. Temos uma melhor avaliação sobre o candidato.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Internet - Disseminação do Conhecimento

Tenho ficado extremamente irritado com pensamentos de alguns jornalistas produtores de conteúdo sobre a iniciativa de muitos internautas compartilharem pensamentos, escreverem “colunas” em seus blogs entre outras iniciativas. Estas pessoas ficam simplesmente indignadas com conteúdo sendo compartilhado “a troco de nada” ou “sem remuneração”.

Não é possível que este tipo de pensamento venha de pessoas que, teoricamente, seriam bem-informadas e provavelmente gostariam que a sociedade como um todo crescesse intelectualmente. Pois, desta forma, o público iria poder apreciar ainda mais seu trabalho jornalístico, com recursos suficientes para absorver toda a mensagem desejada.

Certamente, as pessoas não compartilham conhecimento sem esperar nada em troca. Vou iniciar meus argumentos com as razões mais óbvias para este tipo de iniciativa.

Retorno financeiro: pode vir direta ou indiretamente. Diretamente, seriam os casos em que o “blogueiro” faz algum tipo de parceria em seu blog ou site, como o “Google AdSense”, onde o Google imprime anúncios, e quando um visitante que está interessado no conteúdo do blog acessa este anúncio, o “blogueiro” ganha uma pequena porcentagem do valor que o anunciante está pagando ao Google para sua veiculação. Logicamente, quanto melhor o conteúdo de seu blog for, mais disseminado será e conseqüentemente mais visitantes terá, resultando em mais possibilidades de acesso em seus anúncios para arrecadar mais comissões. Outro detalhe: os anúncios veiculados pelo AdSense são inteiramente pertinentes ao conteúdo veiculado na página em que os anúncios aparecem, para que tenham total afinidade com o público que se interessa por aquele assunto.

Nos casos indiretos, seriam as situações em que o conteúdo compartilhado serviria para valorizar os serviços de um determinado profissional. Dependendo da qualidade do conteúdo produzido por este profissional, pode ser disseminado para um nicho de mercado que talvez ele não tivesse acesso de alguma outra forma.

Troca de conhecimento: em algumas situações em que eu consigo uma informação para uso pessoal ou profissional, sinto a necessidade de retribuir de alguma foram. Esta retribuição seria naturalmente o compartilhamento de alguma informação ou experiência minha em situações que eu julgasse não ser muito comum ou de difícil acesso. Este é o conceito dos fóruns de discussão, especialmente na área de tecnologia da informação e programação. A quantidade de dicas, problemas resolvidos, fórmulas e outros recursos é realmente impressionante. E suas informações ficam sempre relacionadas à informação que prestou, proporcionando mais possibilidades de alguém se interessar pelo seu conhecimento e fazer uma abordagem direta.

Para terminar os argumentos, vou incluir algumas razões demagógicas e ideológicas.

Esperança em nos tornarmos uma sociedade mais justa: eu sou um eterno otimista, e vejo que o compartilhamento de conhecimento pela internet é a minha única esperança de ter um mundo verdadeiramente melhor. Já temos certeza que o acesso à informação não é mais problema para qualquer classe social. O próximo desafio é educar os internautas com relação à busca de conteúdo com qualidade. E isso só irá acontecer se compartilharmos o máximo de conhecimento possível, pois em algum momento, este conhecimento chegará à massa populacional. Mesmo que ainda vemos a maior parte dos internautas, especialmente no Brasil, dedicar mais de 60% de seu tempo de navegação em redes sociais e bate-papos, temos que admitir que é um início e também é melhor que termos uma sociedade excluída digitalmente.

Alguns jornalistas defendem que o acesso ao conteúdo deva ser cobrado. Eu não sou a favor deste tipo de posicionamento. A produção do conteúdo teria que ser financiado com as propagandas veiculadas no site ou portal, da mesma forma que é no jornal impresso, onde os anúncios são responsáveis pela maior parte da receita do jornal. Uma grande diferença entre o meio eletrônico e o jornal impresso é a diminuição do custo de veiculação daquele conteúdo e anúncios, como impressão e distribuição. Esta diferença já não justificaria a isenção de cobrança ao internauta? A única questão é trabalhar na forma em que o veículo incentive o internauta a ver aquele anúncio, que também já foi um problema no jornal impresso.

Trabalho diretamente com a internet como designer gráfico, desenvolvedor, analista e não sou produtor de conteúdo, mas senti a necessidade de me expressar sobre esta questão, que não entendo como há pessoas contra estas iniciativas.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Evolução dos Sentimentos

O que é o sentimento? Porque existe? São perguntas que dificilmente serão respondidas. Então, não custa “viajarmos” um pouco na elaboração de uma explicação.

Vamos pensar nos primórdios da vida terrestre, onde a maior parte da vida era bacteriana e microscópica. Acredito que o sentimento não existia nesta época. Conseqüentemente, a forma de viver era mais simples e menos problemática. Bactérias se alimentavam, se comunicavam, se reproduziam, se organizavam. Um verdadeiro paraíso. Até o momento em que as colônias bacterianas começam a se organizar em organismos um pouco mais complexos. Pronto! Eis a maça de Adão e Eva.

Organismos mais complexos são mais suscetíveis a erros na reprodução genética, pois a quantidade de informação a ser reproduzida é muito grande. Então, mutações ocorrem. Cada mutação é um pequeno passo para uma nova espécie, em que a forma de alimentação também é modificada. Até chegar o ponto de organismos se alimentarem de outros organismos. É hora de criar meios de se locomover para não virar alimento. Os organismos que tiveram uma mutação e desenvolveram características físicas para se locomover foram privilegiadas e sobreviveram. Porém, acabaram adquirindo também um sistema de controle, coordenação e sensibilidade. Por final, um sistema cerebral e um sistema nervoso resolveriam esta questão. Será que é juntamente com a criação da nossa parte mais importante que surge o sentimento? Pela necessidade de fugir de predadores. Dessa forma o primeiro sentimento seria o medo!

Podemos pensar que logo após o surgimento do sentimento (inicialmente somente o medo) desenvolvemos também a dor física. Por quê? Acho que esta questão é mais fácil. Primeiramente para sentir outros organismos entrando em contato uns com os outros. Aliás, organismos que adquiriram sensibilidade ao toque por acidente, ganharam vantagem sobre os outros organismos justamente pela habilidade de conseguir sentir uma ameaça e fugir rapidamente. Imaginemos que anteriormente os organismos já entravam em contato. Porém, na maior parte das vezes, era para reproduzir, então provavelmente não sentiam qualquer sensação física. Então porque a dor? Provavelmente para dar o sinal de que o outro organismo está entrando em contato não para reproduzir, mas para se alimentar, ou melhor, matar. É necessária uma indicação muito forte para o organismo reconhecer que está em perigo – a dor física. Podemos concluir que a sensação de dor veio antes da sensação de prazer? Provavelmente!

E outros sentimentos? Como podemos imaginar como se desenvolveram? A partir do momento em que o sistema de comando do organismo já teve a capacidade de reconhecer este primeiro sentimento de medo, os outros são mais fáceis de serem identificados, pois os mecanismos que geram os sentimentos já estão prontos. Quando temos qualquer sentimento, um conjunto de elementos químicos é liberado em nosso organismo para provocar as reações e alarmes necessários para a definição daquele sentimento – indicar se é bom ou ruim. 

É fácil imaginar que o apego a mãe foi desenvolvido pelo fato dela alimentar seu filho, já que ela era responsável diretamente a uma sensação de prazer – a alimentação. O sentimento de prazer decorrente da alimentação também deve ter sido desenvolvido pelo nosso organismo para sinalizar que precisamos ingerir alimentos para que nosso organismo continue a funcionar.

É o apego ao pai? Imagino que neste caso são duas situações distintas. A primeira mais rudimentar, que talvez ocorra com mais freqüência no reino animal e na nossa espécie primitiva. Normalmente entre as espécies, o sexo masculino possui um vigor físico mais avantajado sobre o sexo feminino, então o encarregado natural de “defender” o lar de possíveis predadores, ficaria por conta do sexo masculino – provedor da segurança. A segunda é uma questão mais moderna, pois pode ser atribuída à função do pai desempenhar o papel de mentor do filho e passar as experiências válidas, que só são reconhecidas depois de muita maturidade.

E o amor ao sexo oposto? Sem dúvida é para estimular a procriação da espécie – ou melhor, espécies que sentiam mais prazer no sexo, reproduziram infinitamente mais que os que não sentiam prazer e as heranças genéticas das espécies que não sentiam prazer no ato sexual foram sendo deixadas para trás e em algum momento deixando de existir. Isso explica um pouco do porquê de nossa sociedade ser movida a sexo. E dentro deste pensamento podemos incluir o sentimento de prazer no ato do sexo. 

Mas porque existe o ciúme, sentimento de posse ou questões do gênero, já que são sentimentos “ruins”? Não vou tentar abordar a fundo estas questões, pois existem muitas teorias psicológicas sobre estes temas. Superficialmente falando, acredito que seja muito mais um sentimento decorrente de convenção social do que qualquer outra coisa. O problema é mais na sensação de ser o “otário da história” perante a sociedade. Ninguém gosta de se sentir desta forma, seja em qualquer sociedade. Já vi muitas situações em que o outro tem uma facilidade muito maior em perdoar uma traição, quando esta traição não é exposta a ninguém no meio em que convive. Existem muitos países em que a poligamia é permitida. E no reino animal monogamia é a exceção da regra. Será que nestes casos estes sentimentos “ruins” são tão intensos assim?

E como podemos projetar a evolução dos nossos sentimentos com todas estas mudanças significativas acontecendo na humanidade. Mudanças em comunicação, difusão da informação, racionalidade, entre outras. Será que nossos organismos não terão mais necessidade de sentir a dor física, pois temos meios racionais de saber onde está o perigo? Mesmo que o perigo seja sutil como uma doença, pois em breve teremos meios de monitoramento de nossa saúde constantemente. Será que perderemos a sensação de medo aos poucos? A solução dos problemas existentes é uma forma de perdermos os medos. Por ser um eterno otimista, acredito que iremos solucionar todos. 

domingo, 27 de setembro de 2015

Direito - Profissão Promissora na Terra de Malandro

Se tem uma profissão que nunca entrará em crise no Brasil, podemos dizer que é o exercício do direito, na função de advogado. Não só pela conduta inescrupulosa de nossa sociedade, mas também por conta de todos recursos disponíveis em nosso sistema jurídico. Garante que o advogado atue com o mesmo processo durante muitas etapas, praticamente triplicando suas possibilidades de honorários.

Qual a solução para isso? Um melhor nível educacional para a sociedade. Dessa forma, menos pessoas vão agir erradamente resultando em menos processos jurídicos. E claro, uma melhoria do nosso sistema judiciário que fora construído com o objetivo de garantir os direitos aos acusados até as últimas conseqüências e possibilidades, depois do período ditatorial. As chances de uma nova ditadura são praticamente nulas. Temos espaço para uma reforma racional e objetiva. Quando isso vai acontecer - nunca.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Família – Visão Estratégica

Todos nós já sabemos que muitos sofrem pressões sociais para decidir questões importantes na vida, como que tipo de emprego buscar, opção sexual a “escolher”, quando ou com quem casar, entre outras questões. Porém, gostaria de levantar um pensamento de onde talvez isso tenha se originado.

Quando vejo algumas cerimônias de casamento, fico extremamente intrigado com os sermões praticados pelos responsáveis por conduzir o ato, independente da religião. Mas confesso que, a maioria que presenciei foi católica/cristã. Em certo momento, o sermão vira uma ameaça com o propósito de impor uma imensa responsabilidade, destinadas às duas partes, e definindo exatamente o papel de cada um na condução do casamento. Sacrifício e dor são ingredientes indispensáveis para o sucesso de uma vida a dois.  Em resumo – a esposa sempre terá que apoiar o marido em qualquer decisão, e o marido será o responsável em suprir as necessidades da família.

Neste momento, eu ficaria indignado se eu fosse a noiva, ao ponto de correr o risco de responder rispidamente ao condutor da cerimônia, seja ele quem for. Até entendo um pouco este tipo de discurso utilizado no passado, mas atualmente, depois de tanta luta da por direitos da mulher, não entendo como aceitam este tipo de postura com a maior naturalidade.

Eis onde meu argumento inicia. São várias circunstâncias em conjunto que acredito que fazem tudo isso “funcionar”. É inegável que, em geral, a mulher procura o casamento mais que o homem, seja por qualquer motivo. Sendo assim, ao encontrar sua presa, busca sempre agradá-lo nos meses perto do casamento, ao ponto de deixar seu pretendente fazer despedidas de solteiro, enquanto que, em outros momentos, não deixaria se quer ir comprar pão sozinho. Eu lembro sempre dos meus amigos e conhecidos, próximo às datas de casamentos sendo bem felizes pelo fato das noivas não estarem monitorando-os constantemente.

Ao ver que é tão difícil encontrar a pessoa disposta a casar e depois, mais ainda conseguir que o casamento se realize, qual mulher teria a coragem de estragar tudo no meio da cerimônia por questões ideológicas? Nem a maior ativista feminista...

As igrejas sempre valorizaram o casamento. E por um motivo muito simples: Mais casamentos = filhos = mais possibilidades de novos fiéis = mais recursos para as igrejas = expansão de doutrina = mais poder. É muito difícil de uma criança, quando exposta à crença dos pais, que muitas vezes são seus ídolos, irem contra suas opiniões sobre religião. E por sua vez, os pais sempre tentarão impor sua religião aos filhos, pois querem o melhor para eles e na visão deles, o melhor é a sua religião.

Então, qual a fórmula para uma chance maior de um casamento dar certo? Uma pessoa ser submissa a outra. Neste caso, por conseqüência da necessidade de força no desempenho de trabalho em tempos passados para garantir a sobrevivência do casal, o homem ficou com a tarefa de prover os recursos e a mulher de ser submissa. Até quando vão aceitar esta ordem?

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Ética no Mundo Digital - Você pode estar furtando, sem saber.

O mundo digital é parte do nosso cotidiano e sempre foi rapidamente absorvido pelas empresas, por razões óbvias - aumento de produtividade e otimização de processos. Porém, estamos entrando numa nova fase de interatividade que torna muito difícil de distinguir o que é lazer e o que é trabalho. Um bom exemplo disso é o profissional que utiliza redes sociais ou aplicativos de bate-papo no seu tempo de trabalho. Podemos considerar está prática como furto de tempo (logo, furto de dinheiro), pois este profissional teria "vendido" seu tempo à empresa contratante.

No caso anterior, estava exemplificando o que pode ocorrer numa empresa privada. Ou melhor, pode ser facilmente corrigido - demissão ou monitoramento. Mas e nos serviços públicos? Neste caso, a situação é muito mais grave. Considero esta pratica até como peculato. E todos sabem da dificuldade de exonerar um funcionário público.

No final das contas, todas estas questões influenciam num problema chave que muitos países estão encontrando, e especialmente o Brasil - a baixa produtividade do funcionário, em todos os setores. De nada adianta o avanço tecnológico para diminuir o tempo de execução de tarefas se o tempo que sobrar for utilizado para o lazer. Especialmente considerando todas tendências mundiais por reformas trabalhistas que estão sendo adotadas com o objetivo de viabilizar o funcionamento das empresas.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Ressurreição

Um dos argumentos que me irrita em qualquer início de discussão sobre cristianismo é a citação da prova testemunhal sobre a ressurreição de Jesus no do terceiro dia depois de "morto".

Duas simples hipóteses para este "milagre":

1) A ressurreição nunca ocorreu e foi plagiada de outras mitologias, como diversas outras partes de suas histórias. E as testemunhas também faziam parte da narrativa.

2) Jesus não morreu após a crucificação extremamente torturante e violenta. Entrou num coma profundo durante 3 dias. As testemunhas o viram logo depois de se recuperar, mas faleceu em outro lugar, pouco ou muito tempo depois. Essa hipótese também explica o desaparecimento do corpo.

Gosto muito desta segunda hipótese, ainda mais porque quase nunca vejo essa contra argumentação ser citada. Ao considerar os conhecimentos médicos da época, um coma poderia ser facilmente confundido com a morte. Inclusive, alguém se recuperar de um coma poderia parecer um milagre. Imagine quantas pessoas devem ter sido enterradas vivas, dadas como mortas, durante este período.

domingo, 6 de setembro de 2015

Guerra

Vejo muita gente influente e reconhecidamente inteligente a favor de intervenções militares em determinados países que não seguem as convenções democráticas ocidentais.


Só posso levar tais opiniões a sério se estas mesmas pessoas estariam dispostas a sacrificar a vida de seus filhos com a garantia de que o regime político mudaria ou que as questões envolvidas seriam resolvidas. Caso contrário, considero tais posicionamentos apenas discursos demagógicos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A Queda do Último Mito

Estamos começando a experimentar uma nova transformação social globalizada. Alguns já o comparam com o período renascentista que aconteceu entre o século XIV e XVII. Porém, acredito que a revolução do conhecimento será muito mais acentuada, desta vez. Primeiramente por causa do grande percentual populacional alfabetizado, mesmo que ainda de baixa qualidade. Considero que o fator mais importante seja a facilidade do acesso a informações relevantes, que recentemente, era aproveitada somente por acadêmicos, eruditos e uma parcela bem pequena da população. A grande questão é: Qual a proporção de nossa sociedade terá o interesse necessário de buscar informações e esclarecimentos sobre os assuntos de maior importância, com tantas distrações e recursos disponíveis no meio – a internet.

Como um eterno otimista, vejo com bons olhos qualquer tipo de utilização da internet, mesmo para os assuntos e funções que, num primeiro momento, julguemos irrelevantes ou simplesmente “perda de tempo”. Imagino que funcionem para estimular e ambientar novos usuários da rede. Inevitavelmente, o usuário receberá informações, desorganizadas num primeiro momento, do qual terá seu incentivo necessário para se aprofundar num assunto, ou até mesmo esclarecer alguma curiosidade.

Ao levar em conta estas considerações, acredito que estamos prestes a decretar a “queda” do último mito global – a crença monoteísta e seus “profetas”. 

Não sou daqueles que acreditam numa “teoria da conspiração” para justificar a popularidade e temor causado por estas religiões e em seus seguidores. Acredito sim, numa série de eventos que disseminaram estas crenças por diversos motivos históricos, e que ocasionalmente, uma pequena parte da sociedade se aproveitou para exercer algum tipo de influência negativa, talvez até inconscientemente, porém ainda crendo fielmente em sua doutrina.

Nossa sociedade tem interesse em diversos assuntos. Contudo, dois que me chamam a atenção, são interesses da sociedade em religião e origens históricas sobre qualquer escopo. 

Acesso livre à informação, intimidade de funcionamento com a rede e a curiosidade natural do ser humano levarão ao conhecimento abrangente, nunca antes imaginado, de como surgiram outros mitos e em quais contextos históricos. E a comparação será automática. Muitos ainda tentarão se apegar por questões psicológicas, mas à medida que gerações forem passando e o nível da média de conhecimento for aumentando, não terá como persistir na crença de mitos. A melhor comparação é em relação às mitologias antigas, como as gregas, romanas, egípcias, entre muitas outras. A sociedade acreditava nestes mitos como acreditamos nos de hoje. Mas com o decorrer do tempo, foram virando mitologia, e acredito que este seja o caminho natural da crença monoteísta. Será visto como mitologia ocidental. 

Até então, nenhuma novidade, pois se verificarmos a história, percebemos que os antigos mitos são substituídos por novos, que oferecem benefícios e explicações mais convincentes e confortantes para a realidade daquela sociedade naquele momento. Transforma-se num ciclo. O grande diferencial desta vez é que este ciclo pode ter sido quebrado e este pode ter sido o último mito a ser criado. A pergunta que fica é: em quanto tempo a sociedade se verá livre de crenças mitológicas e começará a venerar as coisas reais que importam, como a natureza, a vida e o convívio social? Pode ser em 50 anos como pode ser em 500. Mas pela velocidade dos acontecimentos acredito que em 100 anos viveremos numa sociedade com somente mitos.

domingo, 30 de agosto de 2015

Nova Organização Social

Estamos passando por um período muito complicado em relação às decisões políticas/econômicas. Já reparou que qualquer decisão tomada por governos sempre sofrem intensas críticas, até em países mais desenvolvidos? Isso não se deve somente à péssima qualidade dos políticos que são, na maioria das vezes, desconectados com seus eleitores. Mas também com a quantidade sempre crescente da população, o que acaba criando quorum para apoio às mais variadas idéias e modelos de funcionamento. Além do acesso a informação com mais facilidade nos últimos anos, para ajudar a consolidar visões e posicionamentos.

As pessoas estão cada vez mais infelizes por decisões tomadas contrárias à suas visões. Por esse motivo, sou completamente a favor da separação de regiões de acordo as expectativas de condutas. Ou melhor, se houver um estado dominado por grupos radicais com condutas bárbaras, sou a favor da não interferência. E os indivíduos que simpatizarem com aquele regime, que mudem para lá. Intervenção militar, somente para conter fronteiras e não para impor ideologias.

Dessa forma teremos estados cada vez menores, cada vez mais fáceis de gerenciar e esperançosamente com a sociedade menos frustradas sobre os governantes. O problema é a necessidade de migração em função de suas ideologias. Muitas sociedades, como a brasileira, têm muitas restrições a mudanças. Não mudamos nem de bairro - quem dirá de estado, região ou país.